segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Olhando O Horizonte


Menino curioso, um dia, olhando o horizonte pela janela do meu quarto, calhou-me refletir sobre a natureza dos raios e trovões. Ao longe, resolvida em vapores e murmurando seu desgosto, uma tempestade se afastava. Qual seria a origem daquela luz intensa que a descarga elétrica provocava? Fácil deduzir que tal esplendor se deve à queima do oxigênio ao longo do percurso do raio, pois que a eletricidade, em si mesma, não emite luz ou calor exceto quando encontra uma resistência. A quantidade de oxigênio queimada é tão grande e instantânea que um imenso vácuo é criado ao longo do percurso do raio (se não fosse irmão mabaço de um céu cinzento e obscuro, poderíamos, acredito, ver o rasto fumarento de um corisco feito o rabo chamuscado de um cometa). A gigantesca pressão atmosférica imediatamente faz com que volumes de ar ocupem o vácuo gerado, provocando choque entre essas massas. Desse choque titânico de camadas de ar de alta pressão atmosférica surge o trovão. Um ouvido treinado perceberá que as variações de amplitude e frequência do trovão são análogas ao desenho coruscante e cabeludo do raio a cortar os céus!

₢ CRS

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