domingo, 30 de setembro de 2012

Tanta Coisa - Paolo - Trilha Sonora da Novela Av. Brasil - (Oficial)

Tanta Coisa


Paolo 
Esse olhar de lua crescente
Sorriso inocente do sim
Sei que eu quero você para mim

Se o sol não incendeia a gente
Deixa carente o lado ruim
De quando você não está em mim

É tanta coisa pra te falar
Ou simplesmente poder te olhar
Poder te sonhar

Tanta gente e eu me sinto tão só
Tanta gente e eu me sinto tão seu
Será porque teu sonho me esqueceu

Tanta coisa que eu não soube dizer
Tanta coisa que eu não soube querer
Porque viver é amar você.
 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Uma Verdade

"A alma pode alcançar o melhor e o sublime muito mais facilmente do que o comportamento manipulador da mente. Reconhecendo o relacionamento que pode lhe fornecer muito mais realização, você reconhece a vida abundante que a sua consciência de luz está querendo lhe mostrar. O caminho traçado pela consciência pode se mostrar através de um simples insight ao ver um filme, ler um romance ou através da pura inspiração. Procure a mensagem por de trás de cada arquétipo e comece a desenhar o seu mundo sentimental.
O amor é encontrado quando você se reconhece como o ser mais pleno e digno de amor do universo."

Rick Astley Hits Medley

Uma revelação


 Hoje tive uma revelação tremenda! DEUS também ora! Para quem ELE ora e em que consiste suas orações, não sei nem ouso saber! Pode ser a forma do SENHOR, em sua majestade infinita, lidar com ele mesmo! ELE é solene e auto-reverente!Oh! Glória! 

Bela fotografia de Jesus! Gostei da tez morena, muito pertinente aos povos semitas do lugar!
Por: Cassiano Ribeiro Santos
Na infância, ele sonhou as mais extravagantes aventuras que a imaginação pode conceber. Na juventude as viveu, compensando a limitação das possibilidades com o sangue quente da realidade; na velhice, recordava tanto os sonhos imaginados quanto as aventuras vividas, misturando as duas dimensões no mel da memória. Morreu sem saber em que fase da vida fora mais feliz!

@Cassiano Santos Dumont

Primavera


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a p

rimavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.


Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.


Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.


Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.


Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.


Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.


Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.


Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.



"Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera."Cecília Meireles




Meu silencio...minha dor!!!
Ainda se vierem momentos traiçoeiros DEUS está comigo.

sábado, 22 de setembro de 2012

Nos Verdes Campos Do Meu Lar

Cassiano Ribeiro Santos


Foi em uma noite de inverno que o Anjo me apanhou pelos ombros e me levou sobre as nuvens azuis, até uma longa e desolada planície que parecia não ter fim. Do alto que estava pude ver uma enorme quantidade de homens espalhados, ceifando os talos da monótona vegetação – trigo, me pareceu – a dominar toda a visível extensão. Formavam feixes cada vez maiores e corriam desvairados sempre em busca de mais talos para ceifar. Um vagaroso raio dourado de sol no horizonte indicava um fim de tarde cuja noite não demoraria a devorá-lo. Alguns homens, a maioria deles, começavam a perder os talos colhidos, no afã de colher outros. Vi alguns já esgotados, cuidando de construir com eles um abrigo para lhes proteger do frio inclemente que soprava do lado escuro, da noite fria que se aproximava. Estavam todos construindo seus abrigos quando a noite súbita desabou. Uns começaram a construir muito cedo, dispondo de pouco capim e tiritavam de frio dentro de seus finos casulos, Outros, colhendo mais do que podiam carregar, começaram a construir muito tarde e foram colhidos pelo ar gelado antes de estarem prontos seus abrigos; e muitos ainda, perdendo mais pelo caminho do que conseguiam juntar, movidos pela ânsia e desespero, descobriram não ter material suficiente para construir. Raro eram aqueles que juntaram a quantidade suficiente e souberam a tempo construir o abrigo de suas almas. O Anjo do Senhor então me explicou aquela visão. Os ramos ceifados eram a experiência que colhemos na vida. Ela nos servirá como estofo da sabedoria a nos abrigar contra as intempéries da velhice, e fornecer o calor que encontramos na recordação dos momentos mágicos que vivemos. Muitos de nós, na ânsia de viver cada vez mais, vamos deixando esquecidas na memória tudo que vivemos, sem refletir, sem saber que nenhuma memória é eterna e que tudo um dia se perde sem o zelo da reflexão. (Pensei em Sócrates:”Uma vida não refletida não vale a pena ser vivida!” Mas temi citar um pagão perto do Anjo.) Outros homens, muito cedo ainda, sem matéria suficiente e antes da hora, se entregam ao passado, se contentam com suas parcas e limitadas vidas, sendo atropelados pelo futuro que chega com suas mudanças avassaladoras. Sábios são aqueles que vivem o bastante para conhecer a natureza humana e sabe a hora certa de parar em um canto, construir um palácio de reminiscências e nele, no castelo da reflexão e na alegria de tudo reviver ao recordar, provar do delicioso vinho da sabedoria! Tentei olhar para a face do Anjo mas seu esplendor começou a me cegar. Acordei com o sol, por uma fresta no telhado, a brilhar no meu rosto O mesmo sol que germina o trigo e aquece nossas vidas. Decidi naquele dia mesmo largar minha vida dissoluta de croupier em cassinos clandestinos e me dediquei desde então à vida de escritor memorialista! Estou juntando meu trigo! Domingo, 28 de Agosto de 2011 às 20:51 ·

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O NEFELIBAT

Cassiano Ribeiro Santos  
@Cassidy Brook

De manhã, momentos antes
do meu despertador tocar
Sonho que eu sou um outro eu
Para o alarme não me acordar

E fico ouvindo, a sonhar
O som metálico e estridente
Imaginando um outro, da cama, pular
Enquanto permaneço no sonho quente!

O outro vai se estrepar
Perder o emprego, levar bronca do gerente
Mas do sonho que sou não irá se lembrar

E assim, de mim mesmo esquecido,
De tudo que sou já diferente;
Posso ser tudo que sempre quis ter sido!


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

EDITANDO O DNA


Autor:Cassiano  Ribeiro Santos

Contam os historiadores que, na origem do cinema, logo após o uso dos cortes e montagens se espalhar e se tornar parte essencial da sintaxe fílmica, era comum a homens cultos e inteligentes se levantarem insatisfeitos acusando não ter entendido patavina do filme em função destes cortes e montagens onde o contínuo espaço temporal era subtraído. Suas mentes não estavam preparadas para isso. Definitivamente, não parece ser mais o caso do homem moderno que, aliás, por conta de sua imersão profunda nos meios audiovisuais, passa até a considerar deprimente uma vida prolongadamente linear, como ainda o é a vida natural. Como exemplo, cito um sonho ordinário que tive essa manhã. Estava ao lado de um pistoleiro que dormia na mira da arma, de atalaia, esperando por alguém. Assim que a vítima apareceu, ele começou a realizar os disparos. Mal disparou o primeiro tiro e eu me encontrei no lado oposto ao anterior, ao lado da vítima, vendo o cenário ao contrário e percebendo as balas percucientes vazar o peito do pobre coitado! Um corte radical. Evidente que os homens pré-cinematográficos tinham sonhos mais sublimes e poéticos do que nós temos hoje – estou supondo que cenas semelhantes a essa por mim sonhada seja muito comum a todos – mas, com certeza, não sonhavam com esses recursos. Pode ser, especulo temerariamente, que uma evolução biológica já esteja em curso e que nossas mentes hoje, mutantes, são capazes de compreender uma narrativa de modo não-linear, fragmentada e fractal; afinal, quase 10% da vida de um homem moderno já é feita por percepções dessa natureza e as vantagens dessa adaptação já são bastante palpáveis. Admiramos a velocidade vertiginosa com que as crianças manipulam gadgets de avançada tecnologia, mas pode ser quê, para além da curiosidade e frescor mental delas, já haja nesse fenômeno algum gene modificado por mutação e selecionado por vantagem adaptativa, em ação. Pesquisem! Se quiserem por o meu nome nessa nova mutação, eu, que também sou meio mutante... Pas de probléme!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Assim diz o Poeta

  O poeta é um fingidor  
 E no fingir tão iracundo 
 Que finge ser caprichos de um ator
 As mágoas do seu coração profundo!
@Cassidy Brook (Cassiano Ribeiro)
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