segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Homenagem ao Poeta

 
    A PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS

Quem saberia pintar a solidão destes prados secos?
O desdém da pequena nuvem no céu de um azul retinto?
Não sou eu quem sente, do sol inclemente, o calor.
Sou eu e o sol, que somos um só, na sensação que sinto.

Levantei o lençol do Rio da Ema
E vi onde se esconde a noite escura
Vi estrelas sonolentas devorando um peixe morto
Lançando, com suas caldas, lama em meu poema.

Cansado de problemas e negócios
Por longitudes e latitudes dilaceradas
Me converto na equação das trovoadas
E “chuvo” na linha fina dos equinócios!

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