sábado, 5 de outubro de 2013

Um Mico Filosófico

Cassiano Ribeiro Santos



É conhecido de todo estudante de filosofia o dilema de Kant quando este, após ter destruído especulativamente todos os dogmas do conhecimento (as famosas antinomias da razão pura), volta a apelar para uma dimensão irracional e não cognitiva, os sentimentos morais, pra fundamentar a conduta humana no contexto social (cf. a Crítica da Razão Prática). Sobre esse recuo, Nietzsche irá conceber uma famosíssima e cômica alegoria, comparando Kant a uma raposa que foi capaz de roer as grades da cela onde estava confinada, mas que não teve a coragem de fugir. Schopenhauer, para mim, criou uma ilustração mais humorada e precisa para essa “démarche” filosófica do sábio de Konisberg. Disse ele que Kant se assemelhava a um galante sedutor mascarado em um baile à fantasia, que passa toda a noite tentando conquistar uma misteriosa mulher, também mascarada, para depois, após ter conseguido lograr seu desejo, retirar a máscara e descobrir que a enigmática colombina era a sua brejeira esposa com quem ele sempre estivera casado! 

Nota do Autor:
O Gênio une as intuições às ideias sem o intermédio do conceito! O Gênio Romântico. Já fui um! Cassiano
 

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